05/02/2009 13:39:24
A atividade pecuária que busca alcançar alto desempenho e rentabilidade, não pode deixar as questões sanitárias em segundo plano. Embora grande parte da preocupação do setor seja com o "fantasma" da febre aftosa (com razão), esta não é a única enfermidade que pode prejudicar os resultados do campo. Os pecuaristas têm de estar atentos a uma série de doenças que influenciam de forma negativa sobre o desempenho produtivo do rebanho. Ou seja, não adianta investir numa genética de excelência e oferecer nutrição e manejo adequados, se não garantir aos animais a sanidade que lhes permite explorar o potencial genético e boa capacidade de converter os nutrientes em proteína animal.
Proteger o plantel da ação de endo e ectoparasitas, por exemplo, propicia uma significativa melhoria no desempenho produtivo, principalmente dos animais jovens, que são mais sensíveis a esses parasitas. Pesquisas comprovam que um bovino com verminose deixa de ganhar até 40 Kg, mesmo com boa oferta de alimento. Conseqüentemente esses animais permanecerem por mais tempo na fazenda para atingirem o peso esperado, fato que interfere negativamente no giro de caixa do criador.
São problemas fáceis de evitar e, mais do que isso, com um custo-benefício muito positivo aos bolsos dos produtores. No caso de endectocidas, por exemplo, alguns laboratórios já dispõem de produtos de ação prolongada contra parasitas internos e externos e que propiciam excelente descontaminação dos pastos por larvas de vermes e carrapatos, além de serem inofensivos ao besouro rola-bosta, um ótimo aliado da pecuária no controle biológico das moscas-dos-chifres. Os pecuaristas atentos às questões sanitárias percebem facilmente os reflexos positivos de um rebanho livre de enfermidades em forma de aumento médio do peso do gado e conseqüente aproveitamento do potencial genético quando recebem alimentação adequada. Ou seja, é visível a elevação da produção de carne e leite por hectare.
Mas, para que o pecuarista obtenha bons resultados do controle sanitário do rebanho, é necessário um bom planejamento, levando-se em consideração o clima da propriedade, o tipo de manejo, a idade do gado, tipo de exploração e os parasitas presentes no ambiente. Neste contexto, faz-se importante a supervisão dos veterinários, que podem auxiliar os criadores a elaborarem controles de acordo com as peculiaridades de cada fazenda.
Sem atenção para a sanidade, fica difícil a pecuária brasileira bater suas metas de expandir sua participação nos mercados nacional e internacional num cenário no qual a agricultura vem ganhando espaço atualmente destinado aos bovinos.
Cleber Silva
Médico veterinário e gerente de produtos da linha de gado de corte da Fort Dodge
Fonte: ADS Assessoria de Comunicações - (11) 5090-3043
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